Animais extintos de volta à vida
Na edição de abril de 2013 de NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL cientistas debatem a polêmica ideia de ressuscitar espécies que deixaram de existir.
Revolução russa
O que faríamos com os mamutes se fosse possível trazê-los de volta à vida? O biólogo Sergey Zimov tem uma sugestão: levá-los ao Parque do Pleistoceno,uma reserva que criou, em 1996, no nordeste da Sibéria. Na opinião de Zimov, os mamutes e outros grandes animais herbívoros da Era Glacial mantinham a estepe siberiana que os sustentava: embora consumissem sua relva, também a fertilizavam e revolviam o solo com suas patas. Cavalos, bisões e outros herbívoros lá introduzidos estão transformando a tundra musgosa em pastagem.
Fonte: Sergey Zimov, estação científica nordeste; Nikita Zimov, Parque do Pleistoceno, na Sibéria
A possibilidade de trazer espécies extintas de volta à vida é real. Novas técnicas de clonagem e os avanços na biologia molecular permitem a reconstrução do genoma de animais que deixaram de existir há dezenas de milhares de anos. E, com isso, abrem espaço para um novo campo da ciência, a chamada desextinção.
Mas a questão é polêmica. Será que devemos mesmo resgatar espécies que já foram extintas? As causas da extinção são conhecidas e podem ser corrigidas? A reintroduçãoao habitat natural seria possível? Quais seriam as consequências para os animais que ainda estão por aqui? E, por fim, por que utilizar recursos para projetos de desextinção se podemos investir na conservação de espécies atuais ameaçadas?
A reportagem "De volta à vida" aborda todos esses aspectos e conta a históriade Célia, a última íbex-dos-pirineus (Capra pyrenaica pyrenaica), que morreu no ano 2000. Três anos depois, a partir de seu DNA, um clone foi gerado, mas ele resistiu apenas dez minutos. Os projetos de desextinção do mamute (Mammuthus primigenius),da rã-de-geração-gástrica (Rheobatrachussp.)e do pombo-passageiro (Ectopistes migratorius) também são apresentados, assim como as técnicas necessárias para trazer esses animais de volta.
por Fábio PaschoalFonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
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